terça-feira, 22 de dezembro de 2009

espero eu, grande música

era uma vez um natal, em abstracto

Em pequena o natal tinha sabor a bom!!!! as pessoas tornavam se melhores, e que naquele (sim, porque o natal não é todos os dias, se fosse o mundo seria patético. deixaria de ser necessário multidão e meia( de inúteis) não existiria nada de mau no mundo. Não consigo imaginar quem me colocaria esta ideia na cabeça(como muitas outras). A verdade é que no natal a minha aldeia tinha um cheiro diferente, uma fragrância sublime com cheirinho a nada com paz.

O meu pai natal sempre foi pobre, mas o mais engraçado é que nunca o imaginei rico. É o assimilar da realidade. No entanto, eu acreditei que ele existiu, não fosse uma criança transtornada com a realidade me ter contado tão friamente, talvez tivesse vivido durante mais tempo esse sonho.... mas as crianças não gostam de viver realidades sozinhas.


O dómino, o diário, não me lembro muito mais, uma coisa de pauzinhos xinoquinha dizia eu( que só muito mais tarde, compreendia para que servia,era um jogo afinal!!!) não havia brinquedos preferidos, não sei se injusto, cruel ou ignorância.

Na casa da minha avó toda a gente parecia efémeramente feliz. Eu acreditava na bondade súbita. Acreditar não é errado, pode ser ignorância, inocência mas não é errado.

Doces de natal, não obrigado.....poucos alimentos me adocicam...

Além de ser das mais novas da família, nunca fui protagonista de nenhum dos natais... lembrei me agora nem sei se com mágoa. Não há tempo no natal para nós, as conversas são mais de muitas e muito mais que pouco, verdadeiras inutilidades e futilidades de competências frustradas.


O acordar e sentir o cheiro da pele da minha irmã.... as confidências, o admirar...o frio, ah que bom amar..hábito mau que desenvolvi desde então... de amar sem condição de uma maneira cega. mas é bom e eu amo, amo te muito...


o cantar, a nostalgia, o menino que nasceu, o coro dos meninos..... as pessoas sentadas a ouvir a palavra, parecem boas, parecem grandes, enormes.. parecem irmãos... parecemos felizes....

o almoço, o arroz da minha avó, que mistura de sentimentos.... eu gosto do arroz...

a nostalgia, a dor, tudo está a terminar. O vazio, a lágrima, a realidade, um nunca ter sido um sonho. Os risos e os sorrisos a rebobinar.... a solidão, como se pode ser só quando se é criança.....


mas ao mesmo tempo pode se acreditar no amor, eu ainda acredito... sentir é mesmo relativo..

domingo, 20 de dezembro de 2009

boneco de neve

O boneco de neve olhou para mim, intacto, inofensivo. Sorriu!!! para mim ou de mim. Afinal mais um boneco que anda para aí.

A força, a arrogância cresce... e não me diz nada, só prazer de jogar ao meu favor ou simplesmente enriquecer um encontro, uma casualidade, uma frase, um gesto.. o respeito.

Muitas vezes me questiono o porquê de ser o bom, de confirmar o verdadeiro, de ser alguém que não se é..

TER princípios, isso sim diferente...

Mas eu escuto e ouço o que não gosto....

Faço o que posso...

estou perdida no meio de músicas, letras, músicos... sonho, recordo...

Final de tarde e pareço um escritor português( leitura portuguesa, desactualizada, falha) que não termina as suas frases...

Falta sal... falta o gorgulhar...estou amena...estou assim,


Há muito tempo que ninguém me diz : não gosto de ti assim; ó que cabra; ó linda( pelo menos isso!!!

Dor de cotovelo.....

saudades de encantar...

palerma,

estou a ouvir FLORENCE AND THE MACHINE, BOM ..

Boneco de neve, encostado a um canto... sempre a sorrir...lolololol, kakakakakakakakakakakakakakakakak. adoro objectos, não dão opiniao